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Dr. Renato Couto fala ao Jornal Nacional sobre leitos hospitalares

Grupo IAG Saúde
27/11/2013
O Dr. Renato Couto, Diretor do IAG Saúde, forneceu uma entrevista ao Jornal Nacional do dia 25 de novembro, sobre os custos das diárias de leitos hospitalares para a saúde pública.

A reportagem abordou a questão do tempo que os pacientes estão tendo que aguardar para obter cirurgias ortopédicas em hospitais da rede pública na região metropolitana de Belo Horizonte.

Confira a matéria na íntegra

Do G1 - Jornal Nacional (Edição do dia 25/11/2013)


VÍTIMAS DE FRATURAS AGUARDAM SEMANAS POR CIRURGIAS EM MG

Com uma câmera escondida conversamos com um homem, que tinha fraturas na bacia, na clavícula e no punho.

“Pacientes que precisam fazer cirurgias ortopédicas em hospitais da rede pública na Região Metropolitana de Belo Horizonte estão enfrentando uma demora perigosa. Muitos chegam a ficar mais de um mês na fila de espera.

Um acidente de moto, uma fratura na perna e 35 dias internado para fazer a cirurgia pelo SUS. Paulo César Cardoso diz que ouviu várias justificativas do Hospital Municipal de Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte: problema no aparelho de ressonância e estoque insuficiente no banco de sangue. A saúde foi só piorando. “Eu já tinha infecção hospitalar, que eu não poderia fazer a cirurgia por causa disso”, conta Paulo César Cardoso, autônomo.

Para a Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia, o ideal é que cirurgias ortopédicas sejam feitas até 7 dias após a entrada no paciente no serviço de emergência. Os médicos dizem que está provado que quanto mais demora o tratamento definitivo, maior o risco de complicações e sequelas.
“Para um indivíduo que tem um trauma, ele vai ter uma reabilitação final mais atrasada. A partir daí, o seu retorno a sua vida produtiva, seu retorno social familiar, tudo isso vai trazer um ônus muito grande pra sociedade”, explica Wagner Nogueira da Silva, pres.Soc.Bras.Ortopedia/Traumatologia – MG.

Pacientes de um hospital estadual administrado por uma fundação ligada à Universidade Federal de Minas Gerais dizem que para alguns a fila parece loteria. Com uma câmera escondida conversamos com um homem, que tinha fraturas na bacia, na clavícula e no punho.

“Já fiquei no corredor cinco dia, fiquei no quarto de lá uns dez dias. O tempo que eu estou nesse quarto aqui e no quarto de lá já passou mais de quinze”, diz paciente.

“Um leito de alta complexidade, que inclui a maior parte da rede que opera ortopedia, por exemplo, ele custa de R$ 800 a R$ 1 mil. Um paciente desse, que ficou 30 dias, ele desperdiçou de R$ 24 mil a R$ 36 mil”, ressalta Renato Camargos Couto, especialista em saúde pública.

Encontramos situações parecidas em outro hospital da Região Metropolitana, em Ribeirão das Neves. Um homem disse que estava há 34 dias na enfermaria à espera de uma cirurgia no braço. Enquanto aguardava na fila, o osso quebrado já teria calcificado fora do lugar.

“Colado errado. Quando eu for fazer a cirurgia, dizem que eles vão ter que quebrar. Ainda não tem previsão”, afirma o paciente.

Este paciente foi operado e já recebeu alta. O Hospital Risoleta Neves informou que as cirurgias foram adiadas para que casos mais graves fossem priorizados. Mas a direção da unidade admite que o bloco cirúrgico é insuficiente pra atender à demanda.

Sobre o rapaz que teve o osso do braço calcificado durante a espera, a Secretaria de Saúde de Ribeirão das Neves declarou que o hospital não faz cirurgias ortopédicas por falta de estrutura - e que pediu a transferência do paciente para Belo Horizonte. Mas, ainda segundo a secretaria, o caso citado saiu da fila de urgência.

O paciente recebeu alta sem ser operado e passará por uma reavaliação. A Secretaria de Saúde de Belo Horizonte aguarda um contato do hospital pra agendar uma consulta.
A prefeitura de Betim admitiu que a fila de espera das cirurgias ortopédicas parou por um mês por causa de um equipamento quebrado. E afirma que pagou pela realização dos procedimentos em outros hospitais nesse período.”

Assista à matéria exibida no Jornal Nacional clicando aqui.